sábado, 25 de setembro de 2010

VOTO DE REVOLTA

O grande dia das eleições 2010 já está chegando, momento que os debates se inflamam e as dúvidas perduram na mente dos eleitores, em quem votar? Afinal, ainda prevalece o descrédito nos políticos, então, a solução escolhida por muitos é votar em “palhaços”, “alienados”, dentre outros, ou até mesmo votar em branco ou nulo, mas qual o efeito dessa atitude? O voto de revolta, realmente modificará o cenário da política nacional? Pensando nisso, convido todos os leitores do Assunto de Conversa para analisarmos a situação.

Para um candidato ser eleito, existem dois sistemas, o majoritário, aplicado na eleição atual aos cargos de Presidente, Governador e Senador, onde ganha quem obtiver o maior número de votos válidos; e o sistema representativo, correspondente aos cargos de Deputado Federal e Deputado Estadual, onde ganha o candidato mais votado do partido que obtiver o coeficiente eleitoral suficiente, encontrado pela divisão do número de votos válidos pelo número de vagas disponibilizadas.

Colocando o eleitor o voto de revolta em prática, não estará modificando o cenário como pensa, pelo contrário, estará contribuindo ainda mais para piorar a situação, pois, embora sejam sucesso nas urnas, tais candidatos não possuem nenhuma qualificação para nos representar, nem propostas efetivas para melhoraria do bem comum, votando desta forma, colocam o seu destino nas mãos de pessoas que nada farão e ainda, em virtude de suas votações elásticas, ajudarão seu partido a eleger inúmeros aventureiros políticos da legenda, agravando de vez o caso.

Outra atitude, que também não modifica o cenário, é o voto em branco e o nulo, pois assim agindo, estará o eleitor ajudando a diminuir o número de votos válidos, os quais efetivamente entram no cálculo para definir os candidatos eleitos, contribuindo para que o candidato mais popular seja eleito, o qual não corresponderá à escolha pretendida pelo eleitor.

Portanto, a melhor forma de ajudar o nosso país a melhorar, não é exercendo o voto de revolta, em branco ou o nulo, como forma de protesto, mas sim escolhendo candidatos que realmente tenham propostas para viabilizar o bem comum da população, pois, no meio de tantos que não prestam, existem sim os candidatos decentes e que saberão nos representar com dignidade e respeito.

SIDNEY SIQUEIRA

2 comentários:

Denisson Silva disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Denisson Silva disse...

Olá,a tematica aqui escolhida pelo amigo é importante para pensarmos o nosso processo eleitoral e tambem a legislaturas. minha pretenção aqui é apenas agregar algumas variaveis importantes desse sistema politico brasileiro.
Concordo plenamente com a opinião do camara quando diz: "Colocando o eleitor o voto de revolta em prática, não estará modificando o cenário como pensa, pelo contrário, estará contribuindo ainda mais para piorar a situação", pois, ademais, se imaginar-mos um idividuo eleito pelo voto de revolta no congresso federal ele ja é despossuido de bagagem para fazer qualquer proposição, e, ainda terá que enfrentar o lider de seus partido e o colegio de lideres caso tenha alguma proposição. O que na pratica limita totalmente essas figuras até mesmo de fazer palhaçada dentro do congresso.
Outra questão importante a ser colocada é que o brasil é uma jovem democracia de 22 ano, não podemos como diz o ditado jogar a agua do banho com a criança dentro. Temos é que continua construindo valores republicanos, os quais os brasileiro são tão fracos (quase inexistente). E por fim que nem diz Pzeworski "Democracia só se consegue praticando mais democracia." Denisson Silva