O grande dia das eleições 2010 já está chegando, momento que os debates se inflamam e as dúvidas perduram na mente dos eleitores, em quem votar? Afinal, ainda prevalece o descrédito nos políticos, então, a solução escolhida por muitos é votar em “palhaços”, “alienados”, dentre outros, ou até mesmo votar em branco ou nulo, mas qual o efeito dessa atitude? O voto de revolta, realmente modificará o cenário da política nacional? Pensando nisso, convido todos os leitores do Assunto de Conversa para analisarmos a situação.
Para um candidato ser eleito, existem dois sistemas, o majoritário, aplicado na eleição atual aos cargos de Presidente, Governador e Senador, onde ganha quem obtiver o maior número de votos válidos; e o sistema representativo, correspondente aos cargos de Deputado Federal e Deputado Estadual, onde ganha o candidato mais votado do partido que obtiver o coeficiente eleitoral suficiente, encontrado pela divisão do número de votos válidos pelo número de vagas disponibilizadas.
Colocando o eleitor o voto de revolta em prática, não estará modificando o cenário como pensa, pelo contrário, estará contribuindo ainda mais para piorar a situação, pois, embora sejam sucesso nas urnas, tais candidatos não possuem nenhuma qualificação para nos representar, nem propostas efetivas para melhoraria do bem comum, votando desta forma, colocam o seu destino nas mãos de pessoas que nada farão e ainda, em virtude de suas votações elásticas, ajudarão seu partido a eleger inúmeros aventureiros políticos da legenda, agravando de vez o caso.
Outra atitude, que também não modifica o cenário, é o voto em branco e o nulo, pois assim agindo, estará o eleitor ajudando a diminuir o número de votos válidos, os quais efetivamente entram no cálculo para definir os candidatos eleitos, contribuindo para que o candidato mais popular seja eleito, o qual não corresponderá à escolha pretendida pelo eleitor.
Portanto, a melhor forma de ajudar o nosso país a melhorar, não é exercendo o voto de revolta, em branco ou o nulo, como forma de protesto, mas sim escolhendo candidatos que realmente tenham propostas para viabilizar o bem comum da população, pois, no meio de tantos que não prestam, existem sim os candidatos decentes e que saberão nos representar com dignidade e respeito.
SIDNEY SIQUEIRA